sexta-feira, 4 de julho de 2008

Desatino

O sentimento desentranhado
Leva-nos a perceber
O vão e a displicência
Do bem amado.
Quando não se gostava
O tato remediava o fato.
Mas agora, quando se gosta
Época de mimetismo e amor
O empenho denota o vão
E a simples equiparação
Causa tristeza irremediável.
Logo pensamos: será que há
Gente como a gente?
Reconheçamos-nos, ao menos
Nos píncaros da latência
Para que nossa deficiência
Liberte-se em aliteração
E some todos os anseios
Aos sonhos do outro coração.

Rodrigo Sluminsky




+++ Etecetera

O Guardador de Rebanhos, Alberto Caeeiro