Por quê?
Por que nascemos para amar, se vamos morrer?
Por que morrer, se amamos?
Por que falta sentido
ao sentido de viver, amar, morrer?
Carlos Drummond de Andrade
+++ Etecetera
Biografia
Antologia Poética, Carlos Drummond de Andrade
Consolo na Praia, poema de Carlos Drummond de Andrade (na voz de Carlos Drummond de Andrade)
terça-feira, 22 de junho de 2004
quarta-feira, 9 de junho de 2004
Devaneios
Era impossível falar de amor naquele canto do coração!
E quanto mais se pensava em desespero e temores,
saltavam à boca as preciosas falácias apriorísticas...
A Bíblia diz que é ressureição;
os médicos falam em técnica;
bastante gente acha que é mandinga.
E não importa o tamanho do marcapasso
se acabou a pilha
e já não se encontram mais pilhas...
Está claro que tudo isso sobrecarrega em muito os outros órgãos!
O pulmão está gelado,
a boca seca,
o fígado dói...
O pé não tem mais solado, pois é preciso fugir,
procurar o bulbo.
Desequilibrado, busca o equilíbrio,
com os pés descalços,
sem solado.
Sente ainda que tem sentido alguns sentidos.
Falsos devaneios de domingos à noite...
A engrenagem está mais próxima que seus olhos míopes vêem.
Muita gente precisa deste velho coração,
de sangue novo.
Tem gente que sente o que o coração de sangue novo sente!
E choram porque não conseguem...
Com razão, absolutamente!
É muito estranho sentir o que o outro está sentindo,
e não saber que o outro está sentindo,
o que estou sentido,
se isso for sentir algum sentimento.
Restam duas alternativas:
chorar sozinho
ou pensando em você!
Rodrigo Sluminsky
Era impossível falar de amor naquele canto do coração!
E quanto mais se pensava em desespero e temores,
saltavam à boca as preciosas falácias apriorísticas...
A Bíblia diz que é ressureição;
os médicos falam em técnica;
bastante gente acha que é mandinga.
E não importa o tamanho do marcapasso
se acabou a pilha
e já não se encontram mais pilhas...
Está claro que tudo isso sobrecarrega em muito os outros órgãos!
O pulmão está gelado,
a boca seca,
o fígado dói...
O pé não tem mais solado, pois é preciso fugir,
procurar o bulbo.
Desequilibrado, busca o equilíbrio,
com os pés descalços,
sem solado.
Sente ainda que tem sentido alguns sentidos.
Falsos devaneios de domingos à noite...
A engrenagem está mais próxima que seus olhos míopes vêem.
Muita gente precisa deste velho coração,
de sangue novo.
Tem gente que sente o que o coração de sangue novo sente!
E choram porque não conseguem...
Com razão, absolutamente!
É muito estranho sentir o que o outro está sentindo,
e não saber que o outro está sentindo,
o que estou sentido,
se isso for sentir algum sentimento.
Restam duas alternativas:
chorar sozinho
ou pensando em você!
Rodrigo Sluminsky
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