A Simples Arte de Não-Viver
O mesmo passo
:seco, de todos os dias .
A mesma rua
:cheia, sempre cheia.
E somos tomados pelo vento,
pensando donos do destino,
como se existisse
dono, destino.
E andamos
naquela mesma rua
:seca,
dos passos cheios,
Pensando que essa gente,
quando há, olha pra gente,
como se alguém
olhasse pra gente.
E ainda assim fazemos mais ruas,
mudamos os ventos,
cremos em destino,
olhamos pra gente,
pensando donos da vida,
como se a vida, quando há
e se existisse, tivesse dono
ou olhasse pra gente.
Rodrigo Sluminsky
+++ Etecetera
Victor Marie Hugo
sexta-feira, 5 de novembro de 2004
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