A vida vai fácil, meu caro
feito pipocas alvas
que derretem na boca
doce sem sal
Mas a vida, meu caro
a vida não erra
não perdoa
como os cães e nós
o fazemos
A vida não, meu caro
a vida passa em bloco
feito avalanche
que nunca mais volta
As pequenas coisas
- palavras, flores, tato
isso acontece
A vida, meu caro
simplesmente atropela
Uns, dirigem-na
o restante
se autodenomina!
Rodrigo Sluminsky
+++ Etecetera
A canção da vida, Mário Quintana
terça-feira, 17 de julho de 2007
domingo, 15 de julho de 2007
Soneto
Cansado de imaginar,
é tempo de viver!
Beijar, ficar sem ar,
amar e poder sofrer.
Não posso mais esperar
para tentar um dia ser!
Um passo para andar,
é tempo de correr.
Às favas cada sentimento
de resguardo e prudência,
nada de padecimento:
Viva a independência!
Amor a todo momento:
é tempo de indecência.
Rodrigo Sluminsky
+++ Etecetera
Filosofia, Ascenso Ferreira
é tempo de viver!
Beijar, ficar sem ar,
amar e poder sofrer.
Não posso mais esperar
para tentar um dia ser!
Um passo para andar,
é tempo de correr.
Às favas cada sentimento
de resguardo e prudência,
nada de padecimento:
Viva a independência!
Amor a todo momento:
é tempo de indecência.
Rodrigo Sluminsky
+++ Etecetera
Filosofia, Ascenso Ferreira
terça-feira, 10 de julho de 2007
Ritmo
tum-tum
tum-tum
bate depressa
acelerado
meu coração
tum-tum
tum-tum
foge depressa
enviesado
da emoção.
Rodrigo Sluminsky
+++ Etecetera
Anjo, Carlos Nejar
tum-tum
bate depressa
acelerado
meu coração
tum-tum
tum-tum
foge depressa
enviesado
da emoção.
Rodrigo Sluminsky
+++ Etecetera
Anjo, Carlos Nejar
segunda-feira, 9 de julho de 2007
E agora, acabou?
E agora, acabou?
Será que zerou
o que prometeu
ou arrefeceu
tudo e quebrou
a promessa de
terminar aquilo
e perder alguns
quilos para agora
zerar enfim o que
já era hora mas
bem da verdade
nunca tem fim.
Rodrigo Sluminsky
+++ Etecetera
E agora, José?, Carlos Drummond de Andrade
Será que zerou
o que prometeu
ou arrefeceu
tudo e quebrou
a promessa de
terminar aquilo
e perder alguns
quilos para agora
zerar enfim o que
já era hora mas
bem da verdade
nunca tem fim.
Rodrigo Sluminsky
+++ Etecetera
E agora, José?, Carlos Drummond de Andrade
domingo, 8 de julho de 2007
E a poesia...
E a poesia não acaba
enquanto os homens
gemem de medo na
cabana da ilusão por
não terem compaixão
ou recebido perdão e
lamento de quem já
nem sabe mais o que
aconteceu aquele dia.
Rodrigo Sluminsky
+++ Etecetera
O Casamento, Nelson Rodrigues
enquanto os homens
gemem de medo na
cabana da ilusão por
não terem compaixão
ou recebido perdão e
lamento de quem já
nem sabe mais o que
aconteceu aquele dia.
Rodrigo Sluminsky
+++ Etecetera
O Casamento, Nelson Rodrigues
sábado, 7 de julho de 2007
Começo do fim
Começo por perguntar
onde foi restar
o ninho dos passarinhos
e o poço de carinho?
Começo por perguntar
onde foi ficar
o beijo desconhecido,
a novidade esvaecida?
Começo por perguntar
onde posso procurar
o lado esquecido e
a delicadeza perdida?
Começo a perguntar
se devo chorar
por estar perdido
nesse mundo vazio.
Rodrigo Sluminsky
+++ Etecetera
Metamorfose, Franz Kafka
onde foi restar
o ninho dos passarinhos
e o poço de carinho?
Começo por perguntar
onde foi ficar
o beijo desconhecido,
a novidade esvaecida?
Começo por perguntar
onde posso procurar
o lado esquecido e
a delicadeza perdida?
Começo a perguntar
se devo chorar
por estar perdido
nesse mundo vazio.
Rodrigo Sluminsky
+++ Etecetera
Metamorfose, Franz Kafka
sexta-feira, 6 de julho de 2007
Irriquieto
Quieto,
me não fale nada,
estou irriquieto,
preciso logo
pegar a estrada.
Quieto, quieto,
os nervos propulsam
o conjunto de veias
e artérias e carne,
que são meu corpo.
Quieto, por favor,
refira-se a mim
como um estorvo,
sem documento e
sem sentido.
Quero apenas uma luz,
um caminho que
indique o barulho, fuja
do entulho desse
silêncio contrangedor.
Quieto, seu idiota,
mantenha-se quieto
que eu, irriquieto
parto logo sua cara e
também por aquela porta.
Rodrigo Sluminsky
+++ Etecetera
Gimme Shelter, Rolling Stones
me não fale nada,
estou irriquieto,
preciso logo
pegar a estrada.
Quieto, quieto,
os nervos propulsam
o conjunto de veias
e artérias e carne,
que são meu corpo.
Quieto, por favor,
refira-se a mim
como um estorvo,
sem documento e
sem sentido.
Quero apenas uma luz,
um caminho que
indique o barulho, fuja
do entulho desse
silêncio contrangedor.
Quieto, seu idiota,
mantenha-se quieto
que eu, irriquieto
parto logo sua cara e
também por aquela porta.
Rodrigo Sluminsky
+++ Etecetera
Gimme Shelter, Rolling Stones
terça-feira, 3 de julho de 2007
Sombra Noturna
A bela lua
fazia sombra
daquela luz
que vinha do sol.
Pelo horário,
em torno do
meio-dia
da noite,
saí do sol
e me pus
na penumbra
a ver a Lua.
Rodrigo Sluminsky
+++ Etecetera
La bella luna, Paralamas do Sucesso
fazia sombra
daquela luz
que vinha do sol.
Pelo horário,
em torno do
meio-dia
da noite,
saí do sol
e me pus
na penumbra
a ver a Lua.
Rodrigo Sluminsky
+++ Etecetera
La bella luna, Paralamas do Sucesso
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