Acho que a morte Não é o que assola O que me assola Cogitando melhor É a falta de vida Sequer pretendia Essa consideração É que se anda Contando passos Evitando sorrisos Nem bem sei Se é cansaço Preguiça, asco Pouco importa Uma vida vadia Vai que se nota Tem seu espaço O tempo vencido Conversa mole Um marcapasso Coisas desse tipo Transformam a vida No prólogo da morte Mais do que a dor O luto e a memória É a privação do tempo Da vida e das pessoas Da cor e do cheiro do mar Das noites enluaradas Dos dias de sol no inverno Pior do que morrer Digo eu, convicto Apesar do leito da morte É deixar de viver Isso sim é assolador R.Sluminsky
“...amar é cumplicidade. é precisamente, entregar-se. o tempo não tem efeito sobre o amor. o tempo gera a consciência necessária à ação. pois amar é um verbo de ação.” Rodrigo Sluminsky