Tratado sobre o nada
Dia desses estive pensando em duas possibilidades. Claro que havia muitas outras coisas para colocar na lista, mas, em essência, somente estas duas possibilidades eram reais. Mesmo porque a realidade deveria preponderar na escolha dos juízos. Não que isso seja regra. Foi da imaginação de Ferdinad Pourroit, por exemplo, que a humanidade conseguiu avançar nos estudos científicos mais importantes. Mas nesse caso, era indispensável que a escolha fosse feita dentre essas duas possibilidades.
O processo de tomada de decisão foi muito difícil. Descartar determinados pontos, que certamente não eram descartáveis, causou-me embolias incessantes. O medo não estava presente como aquele conselheiro fiel, de todas as horas. Minhas pernas tremiam mesmo, e só de pensar em tomar a decisão errada meu ventre arrefecia-se a calafrios. Então, intempestivamente, colcluí que somente superaria minhas expectativas se instituísse um parâmetro altamente eficaz para a resolução de conflitos inter-neuroniais. Escolhi que as pessoas são mais importantes e hoje isso é a baliza mais importante das minhas atitudes. Quando fujo dela, o ressentimento é insuportável!
Ps: Não havia possibilidades. Não conheço nenhum Ferdinad Pourroit. O que há são sentimentos. O resto a vida se encarrega de destruir! Aliás, lembra-se daquela coisa, importantíssima, que você adora? Pois é! Ela não é nada sem a lembrança. Nada mesmo!
+++ Etecetera
As Bicicletas de Benneville (França-Bélgica, 2003)
Direção: Sylvain Chometco
Una Mañana, Cafe Tacuba
segunda-feira, 19 de abril de 2004
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