Se me perguntam o que quero
não sei dizê-lo,
mas, constantemente,
fujo do que sei
que não quero.
Taciturno e perspicaz,
entre beijos e antolhos,
deusas e prostitutas,
metáforas e aliterações,
fantasio
pr'onde nem sei...
E é difícil explicar
o quanto isso me basta!
Sou Tudo?
Sou Nada?
Para os que me conhecem,
posso ser branco - quando claro - e negro;
posso persuadir,
amar, sorrir...
Posso matar, se irado;
posso chorar, se triste.
Para eles, posso ser aquilo que sempre sonharam,
ou que sempre repeliram.
Posso beber, fumar,
e ainda ser Tudo,
se para eles
sou o que lhes resta!
Para os que não me conhecem,
posso ser branco, negro;
posso amar e ser amado,
até idolatrado!
Ser morto e por isso chorado
Posso persuadir,
viver, sumir...
Posso ser, ou não.
Para estes, posso ser aquilo que sempre sonharam,
ou que sempre repeliram.
Posso beber, fumar,
e ainda ser Nada,
se para eles
sou o que lhes resta!
Assim, para os que me sabem
e assim o vêem,
sou o que me apresento,
o que me mostro ser,
de alma e coração lavados.
Para os que não me conhecem
e assim não o vêem,
posso ser, talvez,
mas prefiro pensar
que para os que não me sabem
eu simplesmente não existo!
Rodrigo Sluminsky
+++ Etecetera
Herói (Ying Xiong), 2002
China
Site Oficial: www.herothemovie.com
Direção: Zhang Yimou
Roteiro: Li Feng, Zhang Yimou e Wang Bin
Elenco: Jet Li (Sem Nome), Tony Leung (Espada Quebrada), Maggie Cheung (Neve Que Voa), Zhang Ziyi (Lua), Daoming Chen (Rei Qin), Donnie Yen (Céu), Zhang Yi (Guarda)
Extra, por Marcelo Costa
segunda-feira, 18 de julho de 2005
sexta-feira, 1 de julho de 2005
Stordito Embaralhado
Disse que era o que não é, faz o que não diz e conta o que não fez. Manda onde não pode, fala quando não deve, teme quando encara. Xinga quando é amor, toma quando é sólido e beija sem sabor. Limpa a bunda com o editorial, faz mimetismo de HQ e é viciado em horóscopo. Escreve o que vem na telha, cai num mar de lama e usa poesia para a casa cobrir. Cheira samambaias, joga sementes de arroz para o alto e come pétalas de rosa. Viaja às segundas-feiras e paga a viagem com voador. Roda a bolsinha, rói as unhas do pé e entorta o aro da bicicleta. Bebe álcool de cozinha, cheira baseado e cocaína para o bolo crescer. Fala palavrões, come jerenhoque e serra pinheiros-do-Paraná. Nada borboleta, veste seda e constrói gaiolas. Ri quando se chora, canta quando silencia, breca quando a regra é andar. Caga e anda, anda e caga, urina, e vomita na geladeira. Morre de frio, vive de favor e geme de medo. Dorme de manhã, escreve poesias à tarde e trabalha pela madrugada. Desenvolve a solidão, manda à merda quem lhe cativa e diz que ama sem pudor. Refugia-se do vento, toma banho de chuva na sacada e liga o ar condicionado para esquentar. Pula cirandinha, dança bambo lê e lança corda de pular. Nota máxima no psicotécnico, número um em psicologia e desquitado. Medo de lobo-mau, luz acesa para dormir e vitamina de banana na mamadeira. Ama o que não lhe ama, odeia aquilo que lhe ama e ri quando nada e ninguém lhe convêm. Pula quando é alto, deita quando é fundo e escala quando é horizontal. Nós sempre dizemos a verdade: quem mente é o ego!
Rodrigo Sluminsky
+++ Etecetera
O Senhor das Moscas, Willian Golding
Um estranho no ninho, 1975
(One Flew Over the Cuckoo's Nest)
Direção: Milos Forman
Roteiro: Bo Goldman e Lawrence Hauben, baseado em livro de Ken Kesey
Produção: Michael Douglas e Saul Zaentz
Elenco: Jack Nicholson, Louise Fletcher, Danny DeVito, William Redfield, Michael Berryman
Disse que era o que não é, faz o que não diz e conta o que não fez. Manda onde não pode, fala quando não deve, teme quando encara. Xinga quando é amor, toma quando é sólido e beija sem sabor. Limpa a bunda com o editorial, faz mimetismo de HQ e é viciado em horóscopo. Escreve o que vem na telha, cai num mar de lama e usa poesia para a casa cobrir. Cheira samambaias, joga sementes de arroz para o alto e come pétalas de rosa. Viaja às segundas-feiras e paga a viagem com voador. Roda a bolsinha, rói as unhas do pé e entorta o aro da bicicleta. Bebe álcool de cozinha, cheira baseado e cocaína para o bolo crescer. Fala palavrões, come jerenhoque e serra pinheiros-do-Paraná. Nada borboleta, veste seda e constrói gaiolas. Ri quando se chora, canta quando silencia, breca quando a regra é andar. Caga e anda, anda e caga, urina, e vomita na geladeira. Morre de frio, vive de favor e geme de medo. Dorme de manhã, escreve poesias à tarde e trabalha pela madrugada. Desenvolve a solidão, manda à merda quem lhe cativa e diz que ama sem pudor. Refugia-se do vento, toma banho de chuva na sacada e liga o ar condicionado para esquentar. Pula cirandinha, dança bambo lê e lança corda de pular. Nota máxima no psicotécnico, número um em psicologia e desquitado. Medo de lobo-mau, luz acesa para dormir e vitamina de banana na mamadeira. Ama o que não lhe ama, odeia aquilo que lhe ama e ri quando nada e ninguém lhe convêm. Pula quando é alto, deita quando é fundo e escala quando é horizontal. Nós sempre dizemos a verdade: quem mente é o ego!
Rodrigo Sluminsky
+++ Etecetera
O Senhor das Moscas, Willian Golding
Um estranho no ninho, 1975
(One Flew Over the Cuckoo's Nest)
Direção: Milos Forman
Roteiro: Bo Goldman e Lawrence Hauben, baseado em livro de Ken Kesey
Produção: Michael Douglas e Saul Zaentz
Elenco: Jack Nicholson, Louise Fletcher, Danny DeVito, William Redfield, Michael Berryman
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