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Mostrando postagens de agosto, 2005

Lisboa Revisited (1926)

Nada me prende a nada. Quero cinqüenta coisas ao mesmo tempo. Anseio com uma angústia de fome de carne O que não sei que seja - Definidamente pelo indefinido... Durmo irrequieto, e vivo num sonhar irrequieto De quem dorme irrequieto, metade a sonhar. Fecharam-me todas as portas abstractas e necessárias. Correram cortinas de todas as hipóteses que eu poderia ver da rua. Não há na travessa achada o número da porta que me deram. Acordei para a mesma vida para que tinha adormecido. Até os meus exércitos sonhados sofreram derrota. Até os meus sonhos se sentiram falsos ao serem sonhados. Até a vida só desejada me farta - até essa vida... Compreendo a intervalos desconexos; Escrevo por lapsos de cansaço; E um tédio que é até do tédio arroja-me à praia. Não sei que destino ou futuro compete à minha angústia sem leme; Não sei que ilhas do sul impossível aguardam-me naufrago; ou que palmares de literatura me darão ao menos um verso. Não, não sei isto, nem outra coisa, nem coisa nenhuma... E, no ...

Efêmera sanidade

Chore, pequena, mas não diga a eles que o tempo passou e nem interveio. Seja complacente consigo mesma e não os deixe saber o outrora incompreensível. Se preciso for feche o olhos e reze, se necessário, mas não os permita sentir em hipótese alguma sua insanidade e seus gritos de dor! Rodrigo Sluminsky +++ Etecetera Bolero , Ravel

Para sempre Solidão

Como te não poderia eu Pensar, Amar, Idolatrar, igual quando tu dizias que eras ainda subliminar? Naqueles tempos de profunda auto-compreensão entendia, claramente, que não tinha par nisso tudo, como se o mundo girasse, e sem perceber - ou quando percebia :digeria, chorando - pensando não saber o que pensava e que realmente girava sem entender nadinha do que sentias. E que razão terias tu que não mais pensas: Amas, e que nada tens a idolatrar? Como te não poderia dizer eu que o mundo gira e continuará girando e girando e girando? Para a terra do Seu-Nunca de coração pobre e andar esvaziado... Mas tu, celeste, continuarás na doçura de girar os movimentos lunares e de ser algo singular. Do quê para quem? Pés que não alcançam o chão, que levitam a alma em sinfonia puritana. Deixar-me-ias tu o vento levar? pr'onde o simpósio dos poetas fascinados clama pela minha ausência; pr'onde me chamam "Vinde, sem-nome!" ó espírito libertador dos deuses misericordiar-me-ias tu de pal...