Pular para o conteúdo principal

Vai Passar, Vai Passar

O sol levanta cedo
Não tem o que falar
O dia nasce lindo
Vem o sol nos alegrar

Vai Passar, Vai Passar
Essa alegria de viver
É uma desculpa
Pra gente comemorar

Todo dia fica claro
Vai gente ver o sol
Cheio de trabalho
Saudades do anzol

Vai Passar, Vai Passar
Essa alegria de cantar
É uma desculpa
Pra gente se lembrar

Na semana todo dia
Muita gente atrapalha
A gente não precisa
Dessa gente na batalha

Vai Passar, Vai Passar
Essa alegria de sofrer
É uma desculpa
Para não arrefecer

Vem a noite, fim do dia
Muita coisa pra fazer
Só quero ver a lua
Sob o céu resplandecer

Vai Passar, Vai Passar
Essa alegria de amar
É uma desculpa
Para não desanimar

Vem semana, dia, ano
Já se perde pra falar
Na vida não me engano
Nem dá tempo de contar

Vai Passar, Vai Passar
Essa alegria de conhecer
É uma desculpa
Para desaparecer

Quando vê, acaba tudo
Toma o tempo com a dor
Se no sol investe a vida
No seu lugar terá amor

Rodrigo Sluminsky



+++ Etecetera

Sinfonia n. 9, em Ré Menor, Op. 125, Ludwig Van Beethoven

Comentários

Natalie M. disse…
A gente aprende não exatamente a desprezar outras bobagens, digo, coisas, mas a dar a elas apenas o tamanho e o espaço que merecem. Temos mais a viver. Temos pressa em viver. Sinto um pouco de pena dos que se fazem sofrer por nada, sinto um pouco de alegria por, mesmo em lágrimas, viver a cura. Regeneração. A vida anda toda intensa. E preenchida por milagres. Milagre mesmo é o amor. É o perdão, é a generosidade. Descobri que solidão é não amar. Dos silêncios tenho pausas longas, intermináveis. Pausa é tempo. Silêncio também compõe música. Vai passar.

Postagens mais visitadas deste blog

O que era?

Eu tinha uma dádiva. Se fosse por mim, Nem se continha. Era uma infâmia. Mas nada era Se não percebia. Como uma mácula Uma falta de dor Só se sentia perto Se perto consentia. E era difícil andar ou A graça estremecer. O que era, então? Era o silêncio do não E a desatina canção. Um poço de verdade. Nada do que já existe. Às vezes é só fantasia Quase sempre era. Já não é mais! Agora é a verdade Que de tão séria Vai faltar por lá, na terra da cortesia. Rodrigo Sluminsky +++ Etecetera Insensatez , Vinícius de Moraes e Tom Jobim

Interligados

de-longe vêm-nos espaços, abraços abertos, entreatos cobertos, retos e alvos e belos e livres, contêm de-imediato des-pedaçados algo de-aquém infantil, sutil mais-que-além que-lhos mantém acesos, atentos íntimos, ultra inter-ligados   Rodrigo Sluminsky  +++ Etecetera

Lembrança

Resta, então  Acima de tudo  Alguma história  Um rasgo no chão A breve memória  Um passado Uma fotografia Resta ainda, então Apesar de tudo Uma lembrança Do esforço que Não foi em vão. Rodrigo Sluminsky