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Tato Social

Para tentar entendê-los Palavras são simplesmente Imputadas desnecessárias... Os corpos enlaçados Em tensos braços amantes Quem pronuncia o tato? Ah, os olhos fechados! Tudo prestes à sensação A mais pura leveza, Um sentimento esbelto Que desfila na rua, Nas r odas da ingratidão. O despertar do infortúnio Vacante em passos largos Ao devaneio perpétuo Para tornar a recuperar Um corpo, Imobilizado Uma alma, Decomposta. E tu nunca mais serás par Nunca mais regredirás Nunca mais descartarás O Amor, e tu serás - sim Um ser humano ímpar No tato raso da multidão. Tudo explodirá - e tu? Quem és tu? Onde estarás? Rodrigo Sluminsky +++ Etecetera Society , Eddie Vedder

O que era?

Eu tinha uma dádiva. Se fosse por mim, Nem se continha. Era uma infâmia. Mas nada era Se não percebia. Como uma mácula Uma falta de dor Só se sentia perto Se perto consentia. E era difícil andar ou A graça estremecer. O que era, então? Era o silêncio do não E a desatina canção. Um poço de verdade. Nada do que já existe. Às vezes é só fantasia Quase sempre era. Já não é mais! Agora é a verdade Que de tão séria Vai faltar por lá, na terra da cortesia. Rodrigo Sluminsky +++ Etecetera Insensatez , Vinícius de Moraes e Tom Jobim

Desatino

O sentimento desentranhado Leva-nos a perceber O vão e a displicência Do bem amado. Quando não se gostava O tato remediava o fato. Mas agora, quando se gosta Época de mimetismo e amor O empenho denota o vão E a simples equiparação Causa tristeza irremediável. Logo pensamos: será que há Gente como a gente? Reconheçamos-nos, ao menos Nos píncaros da latência Para que nossa deficiência Liberte-se em aliteração E some todos os anseios Aos sonhos do outro coração. Rodrigo Sluminsky +++ Etecetera O Guardador de Rebanhos , Alberto Caeeiro

Das coisas e das pessoas

Tem gente que aparece Mas outros solidificam De um lado, enobrecem Só que do outro, fincam Na alma, uma estaca Em cima, um tampão Nada por aqui é em vão Uma porção de cogumelo Ou um piano abandonado Tudo aqui tem seu valor E tudo nessa vida é alto E tudo alimentado cresce Eu fico, eu faço, eu volto Nada me deixará arrefecer. Rodrigo Sluminsky +++ Etecetera www.wandula.com http://br.youtube.com/watch?v=-fpVD0sJoAU

O quem?

quem empurra na ponte que cai? mas se a ponte cai alguém a derruba ou só empurra aquele que cai? Rodrigo Sluminsky +++ Etecetera confirma tudo que respira conspira Paulo Leminski

Amanhã

Eu te imploro mais um dia de ausência Para que me proíbas de desfrutar teu ser Enquanto meus braços estiverem atados Nesta antiquada e doentia probidade Quero que entendas a minha comichão De um pobre ser humano miserável Sem jardins para colher as tuas flores Como um ébrio coletando êxtases pelo ar E só peço que não te sumas da fantasia Mesmo desacostumado com tua ausência O amanhã tem lugar cativo no barquinho Que ruma virtuoso e belo sobre as nuvens Tudo que ouviste acerca do sol e do tato Está muito bem guardado lá no porão E eu te procurarei no escuro, meu anjo E vejo um futuro que não tem tamanho. Rodrigo Sluminsky +++ Etecetera The Sweetest Gift , Sade

Um tempo de alienação

Um tempo de alienação Tatos de poliglota. Desejos desvairados? Ultimato militar! Castelo de argila, Beijo apaixonado e Máquina de dançar. No alto, o horizonte E a cama sobre o mar. Se anseio o rarefeito Na verdade quero já! Esse mundo gira torto Mas nem todo dia Tropeçamos no azar! Rodrigo Sluminsky +++ Etecetera Soundtrack from "Into the Wild", by Eddie Vedder