Pular para o conteúdo principal

Postagens

Dúvida

Quem sabe a noite não parou Quem sabe o dia não mudou Imponderável. Se o que lhe resta se acabou agora a Era desabrocha como a flor com tempo incerto. Rodrigo Sluminsky +++ Etecetera Primavera, Verão, Outono, Inverno e... Primavera. Coréia do Sul (2003) Diretor: Ki-du Kim

Exausto

O povo anda trôpego pelas vielas Com máquinas e fardos nas costas Pagos à prestação, emprestados Dos manda-chuva da estação. Os amigos parecem que esquecem Que nem do folguedo ou da orgia Provém o carinho da amizade, mas Dos pedestais da cumplicidade. E a família vive a rodear o problema Compra sorrisos e cumprimentos Em dias e finais de semana, ausente Do alicerce mais íntimo das pessoas. Têm também os outros, de cor e salto No trabalho e na estação, na rádio Gente que acorda depois e dorme mais Que se esquece do dever e do direito. Os malandros não se cansam Tencionam, Pressionam, Ovacionam São os bonifrates de marca maior. Os amigos, delambidos por influência TV, Rádio, Papo, Palanque, Digital O diário nasceu mofado de vergonha. A família, com seus preceitos e genealogia Remonta a uma estirpe que não existe E se existe, já morreu a cada nascimento. Infamante! Pode não ter prudência, mas procedência Pode não ter pudor e nexo, quer sexo Pode não ter honradez, mas dinheiro. E vos chama...

O trôpego da concórdia.

Oxalá, Ser e não pender, essa consideração íntima uma verdade repreendida Na dura vivência de ser. O desvelo embebedado pelas engajadas arengas carentes de contexto. A necessidade premente de substabelecer aos céus O tempo que há-de vir. O trôpego da concórdia. Tem o capricho amador Meu senhor, Essa inquietude rebelde. No afã da insensibilidade Não somos. Esquecemo-nos, privados. Rodrigo Sluminsky +++ Etecetera Inútil Paisagem , Tom Jobim

Esvaecido

Passa o passo Sustenta, de lado Explode na dor Suporta, sem flor Um dia, quem sabe Esquece a verdade E foge, algures Sem nem pudores. Rodrigo Sluminsky +++ Etecetera Ne Me Quittes Pas , Maria Gadu

Lealdade

O sentimento volta à tona Como quem sabe Que nunca o deixou. De lado viu-se tortuoso O caminho do salto. Não é sempre que persiste Um balançar enviesado. Estar é ser vivo no fato, Caminhar com lealdade. Acata-se o mundanismo, Contém o arquejo e ama. Resta insalubre e vil Aquele que não está. Somos todos humanos, O casco vaza nos flancos. Rodrigo Sluminsky +++ Etecetera Dream Machine , Mark Farina

VI

Se o ditado muda Muda tudo. Da forma de verbar Ao delírio do verbo Uma letra dói E um agrupado? Frenesim Medo Nostalgia Espanto Amor Uma só palavra É samba de pincel. Rodrigo Sluminsky