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Nossa (nova) jornada

Por mais energia   Que dedicaremos   Ao que se avizinha   Sujeitos com certeza  sempre estaremos  Ao aleatório do dia  Das inconstâncias  Na jornada da vida  Aos ocasos do desejo  Um tempo sem medo Por nossa sobrevida  Sob novas instâncias  Mais vale uma vida Imersa nas batalhas  Que um eterno hiato  Escravo da solidão  Rodrigo Sluminsky 

Memória aos 40

O que eu percebi  Da vida É que a vida Essa mesmo É muito Mais muito Muito demais  Pessoas livres Pessoas não livres Essa consciência dói  Dói muito  Pessoas livres  Só isso Nada mais  Rodrigo Sluminsky 

Assolador

Acho que a morte  Não é o que assola O que me assola Cogitando melhor É a falta de vida Sequer pretendia Essa consideração É que se anda  Contando passos Evitando sorrisos Nem bem sei  Se é cansaço Preguiça, asco Pouco importa Uma vida vadia Vai que se nota Tem seu espaço O tempo vencido Conversa mole Um marcapasso Coisas desse tipo Transformam a vida No prólogo da morte Mais do que a dor O luto e a memória É a privação do tempo Da vida e das pessoas Da cor e do cheiro do mar Das noites enluaradas Dos dias de sol no inverno Pior do que morrer Digo eu, convicto Apesar do leito da morte É deixar de viver Isso sim é assolador   R.Sluminsky

Interligados

de-longe vêm-nos espaços, abraços abertos, entreatos cobertos, retos e alvos e belos e livres, contêm de-imediato des-pedaçados algo de-aquém infantil, sutil mais-que-além que-lhos mantém acesos, atentos íntimos, ultra inter-ligados   Rodrigo Sluminsky  +++ Etecetera

Lembrança

Resta, então  Acima de tudo  Alguma história  Um rasgo no chão A breve memória  Um passado Uma fotografia Resta ainda, então Apesar de tudo Uma lembrança Do esforço que Não foi em vão. Rodrigo Sluminsky

Amor, de novo

I há tempos venho tentando entender o amor. comecei pela consciência. eu pouco sabia o que era amor. do afeto universal de uma mãe à completa desenvoltura de casais engrandecidos. eu pensava nas pessoas, nas suas necessidades. eu imaginava como atuavam nas situações hipotéticas. eu as sentia vibrar no esmero e na tentativa não aleatória de empatia.  II pouco a pouco retirei paixão da lista de momentos de amor. pensar nisso me dava forças para entender seus sacrifícios e suas recompensas. III amor fraterno era algo natural em mim, embora tolhido ao acaso. quando antes de forma inconsciente deleitava aos prazeres do amor desinteressado, acusava agora a consciência da correlação que naturalmente faço com a admiração. Não desmembrava da mesma caixa amor e reconhecimento. a consciência desta fraternidade distinta de admiração significou para mim o limite do ego e o fim da bajulação. IV desafio maior tem sido receber o amor ágape em todas as suas formas. a...

Permanece

Permanece No ressoar das sílabas  De cada palavra  Nos passos, no tempo Na penumbra Que faz a lua  Um vazio indescupável  Que nem a morte  - um dia viva  Conseguirá aceitar Rodrigo Sluminsky   +++ Etecetera   Soundtrack, 2017 Dirigido por 300ml