Trote a galope que pára quando puder
"Se não pode dizer que existe algo a procurar, ainda mais nesses dias, fatigantes e supérfluos, que tardam a acabar de nascer - quando o fazem - , e pelo cansaço pôem-se a dormir, com olhos entre-cerrados, de vigília para o amanhã, sem nunca esquecer de lembrar os píncaros da derrota que os afugentara antes do amanhecer. Mas sim, o tempo se move pelas nossas mãos, sujas de brigadeiro - ou o doce feito com leite condensado - preparado de coração vazio, alguns dias atrás, e devorado até o fim, sem remorso ou compaixão. E é desse jeito que o dia nasce e continuará a nascer: imundo e sem coração!"
Rodrigo Sluminsky
+++ Etecetera
Metropolitan Museum of Art
quinta-feira, 7 de abril de 2005
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