domingo, 24 de abril de 2005

Marcha fúnebre

Tristeza sem fim
tira a mão de mim
não percebe que nós
estamos mortos há muito tempo

Gelado demais
depois de findos os carnavais
e ainda assim
brincam com nosso corpo

Chuva d'água molhada
que vem descendo a estrada
corre por todos os lados
fazendo chuá-chuá

Cama do lençol vermelho
não tem reflexo no espelho
aquele que um dia foi
e não mais pode acordar

Rodrigo Sluminsky



+++ Etecetera

Manhã de Carnaval, Luiz Bonfá/Antônio Maria

Noite na Taverna, Álvares de Azevedo

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