domingo, 4 de junho de 2006

Homônimos

Homônimo de mim,
sou quem nunca fui
e amo a conveniência,
que me desatina.

Se quisesse explicar,
fá-lo-ia em prosa,
porque poesia
é dona de mim.

Pedras no lago
de um mundo avoado;
pensamentos em ebulição.

Palavras na mente
de uma cabeça doente;
sem solução.

Tudo para dizer
o indizível
:meu coração chora!

Rodrigo morreu;
sobrou Francisco,
que sou eu,
quando não Rodrigo.

Rodrigo Sluminsky



+++ Etecetera

Lenços de papel.

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