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Idem

Vai lá você
de novo à mercê
daquilo que não vê
mas que deve esquecer

da porreta alegria
que vira fantasia
mais ou menos dia
quando não compreendia

porque chega de emoção
voltou o tempo da tensão
angústia no coração
silêncio na multidão

e não me venha com saudade
sentimento efêmero e sem idade
abandone logo essa cidade
amanhã é dia de maldade

Rodrigo Sluminsky



+++ Etecetera

Acontece, Cartola

Mais um na multidão, Erasmo Carlos e Marisa Monte

Comentários

Anônimo disse…
Gosto muito dessa poesia!

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O que era?

Eu tinha uma dádiva. Se fosse por mim, Nem se continha. Era uma infâmia. Mas nada era Se não percebia. Como uma mácula Uma falta de dor Só se sentia perto Se perto consentia. E era difícil andar ou A graça estremecer. O que era, então? Era o silêncio do não E a desatina canção. Um poço de verdade. Nada do que já existe. Às vezes é só fantasia Quase sempre era. Já não é mais! Agora é a verdade Que de tão séria Vai faltar por lá, na terra da cortesia. Rodrigo Sluminsky +++ Etecetera Insensatez , Vinícius de Moraes e Tom Jobim

Interligados

de-longe vêm-nos espaços, abraços abertos, entreatos cobertos, retos e alvos e belos e livres, contêm de-imediato des-pedaçados algo de-aquém infantil, sutil mais-que-além que-lhos mantém acesos, atentos íntimos, ultra inter-ligados   Rodrigo Sluminsky  +++ Etecetera

Lembrança

Resta, então  Acima de tudo  Alguma história  Um rasgo no chão A breve memória  Um passado Uma fotografia Resta ainda, então Apesar de tudo Uma lembrança Do esforço que Não foi em vão. Rodrigo Sluminsky