domingo, 23 de setembro de 2007

Chove, chuva!

Um incontável número de gotas
desabam frias sobre a multidão,
que suporta o ônus liquefeito da
jactância escorrendo pelo esgoto.

O barulho intenso dos relâmpagos
anuncia o vigor temido da limpeza,
que extermina qualquer impureza
e desguarnece o mal intencionado.

É chegada a hora certa da verdade!
Não há tempo ruim para contestar
o inefável valor das palavras, nem
momento distinto para esquivar-se.

A chuva ora cai em precedência ao
belo sentimento ulterior de limpidez
talvez tão belo e necessário que não
acaba cedo o tormento dos homens.

Rodrigo Sluminsky



+++ Etecetera

November Rain, Guns N' Roses

Nenhum comentário: