quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

O Beco

São milhares de passos para conhecê-lo.
Dizem que provém de uma longa estrada
que não tem mais fim, esse tal de Beco
Pedaço metafísico onde tudo se acaba.
Tem forma e lados como uma ferradura
Às vezes como um cone posto na vertical
Sugando todas nossas forças de menino.
É o Beco sem saída, aquele no escuro
Que dá medo só de pensar em vê-lo.
Mas sabem poucos que esta triste viela
De fim palpável e encontro determinado
É antes um atalho para achar a solução
Que anda dispersando energias por aí
Enquanto no Beco tudo é concentrado
Naquela parede outrora intransponível
Agora, somente o sujeito pode decidir
Entre restar imóvel aguardando a luz
Ou explodir sua ira em gritos e prantos
E indignação, dentro do Beco sem saída
Desfigurando o fim certo e determinado
No princípio de uma nova caminhada.

Rodrigo Sluminsky



+++ Etecetera

Racional, Tim Maia

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