quinta-feira, 11 de março de 2004

Cerrado e Dilacerado

A porta se abriu
sentindo a esperança
cansada de esperar
simplesmente.

A janela também se abriu
numa revelação inédita

- e com ela a cortina
os olhos, a outra porta.


E desceu - onde pudera subir
onde devera subir
para onde deveria ter ido.
E sozinha, consigo.

E outras coisas se abriram
- a boca, o livro, a torneira

enquanto a alma
permanecia fechada.


Rodrigo Sluminsky



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