A porta se abriu
sentindo a esperança
cansada de esperar
simplesmente.
A janela também se abriu
numa revelação inédita
- e com ela a cortina
os olhos, a outra porta.
E desceu - onde pudera subir
onde devera subir
para onde deveria ter ido.
E sozinha, consigo.
E outras coisas se abriram
- a boca, o livro, a torneira
enquanto a alma
permanecia fechada.
Rodrigo Sluminsky
+++ Etecetera
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