quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Brasileiro

O poema só divaga
O problema é virtual.
O potente me garante
O projeto é sexual.
O porquê não me responde
O profeta é textual.
O postulado só me engana
O provável é eventual.
O populista pronuncia
O prospecto usual.
O posseiro me atropela
O probante é ilegal.
O político só quer ter
O poder habitual.
O poderoso não divide
O produto desigual.
O porrete me assola
O progresso é nacional.
O polícia não destoa
O povão é marginal.
O povo não se informa
O processo é racional.
O porco se distingue
O procedente é maioral.
O podre prolifera

O profícuo é casual.
O pó afaga a alma
O profano é animal.
O poeta se apaixona
O pro forma é tudo igual.

Rodrigo Sluminsky



+++ Etecetera

Pra não dizer que não falei de flores, Geraldo Vandré

Um comentário:

Manuela d`Eça Neves disse...

maravilhoso...
da divagação do poema.. ao geraldo vandré!
beijos, menino.