sábado, 12 de janeiro de 2008

Metapoesia

Eu não escrevo
o que penso
Quando penso
eu escrevo
eu sinto
depois apago
Tudo prospera

quando deixo
de pensar

Rodrigo Sluminsky



+++ Etecetera

Trecho de "Poemas Inconjuntos"

Se eu morrer novo,
Sem poder publicar livro nenhum,
Sem ver a cara que têm os meus versos em letra impressa,
Peço que, se se quiserem ralar por minha causa,
Que não se ralem.
Se assim aconteceu, assim está certo.

Mesmo que os meus versos nunca sejam impressos,
Eles lá terão a sua beleza, se forem belos.
Mas eles não podem ser belos e ficar por imprimir,
Porque as raízes podem estar debaixo da terra
Mas as flores florescem ao ar livre e à vista.
Tem que ser assim por força. Nada o pode impedir.

Alberto Caeiro

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