Vamos explicar como é que nasce o gelo.
Depois de tampar o sol com uma peneira,
Use panos quentes para o rosto encobrir.
Logo depois, coloque um pouco de água fria
Assim mesmo, no imperativo, sem pena.
Aos poucos o silêncio se torna constrangedor.
Toque com um alfinete os calos e feridas
E espere o tempo que for para que sinta dor.
Quando perceber pedras d'água sobrepostas
Descarte a parte transparente do invólucro
E triture e pequenos pedaços o que restou.
Olhe rapidamente para todos à sua volta e
Sinta na pele a frieza inexorável do desamor.
Rodrigo Sluminsky
+++ Etecetera
Inoportuna, Jorge Drexler
Álbum: 12 segundos de oscuridad (2006)
terça-feira, 6 de novembro de 2007
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