quinta-feira, 5 de fevereiro de 2004

Ciência plenamente refutável vs Auto-ajuda de 5ª

Apresento-lhes uma experiência diretamente tirada da internet (sem fonte, portanto) e uma conclusão pseudo-filosófica plenamente contestáveis. Minhas conclusões acerca do conteúdo não causam nenhum reboliço. O ceticismo constante traz à tona a inércia de quem já está parado. Mas sintam-se à vontade para criticar e/ou contemplar a idéia proposta (Você e etc.). Agradeço a compreensão e a paciência.
O aforismo subseqüente, no entanto, é de altíssima qualidade e autoria comprovada.

>>> Ciência plenamente refutável

Um cientista coloca um ratinho em uma gaiola. No início, ele ficará passeando de um lado para outro, movido pela curiosidade. Quando sentir fome, irá na direção ao alimento. Ao tocar no prato, no qual o pesquisador instalou um circuito elétrico, o ratinho levará um substancial choque. Depois disso, o ratinho correrá na direção oposta ao prato. A dor provocada pelo choque faz com que despreze o alimento. Depois de algum tempo, porém, o ratinho entrará em contato com a dupla possibilidade da morte: a morte pelo choque ou pela fome. Quando a fome se tornar insuportável, o ratinho, vagarosamente, irá de novo em direção ao prato. Neste interím, no entanto, o pesquisador desliga o circuito e o prato não está mais eletrificado. Porém, ao chegar a quase tocá-lo, o medo se tornara tão grande que o ratinho terá a "sensação" de que levou um segundo choque. Haverá taquicardia, seus pêlos se eriçarão e ele correrá novamente em direção oposta ao prato.
Se lhe perguntássemos o que aconteceu, a provável resposta seria: - "Levei outro choque". Entretanto, a energia elétrica estava desligada!
A partir desse momento, o ratinho vai entrando numa tensão muito grande. Seu objetivo, agora, é encontrar uma posição intermediária entre o ponto da fome e o do alimento que lhe dê uma certa tranqüilidade. Agora, qualquer estímulo distinto do sossego da gaiola, por mais simples que seja, como barulho, luminosidade ou algo que mude o ambiente, levará o ratinho a uma reação de fuga em direção ao lado oposto do prato. É importante observar que ele nunca corre em direção à comida, que é o que ele realmente precisa para sobreviver. Se o pesquisador empurrar o rato em direção ao prato, ele poderá morrer em conseqüência de uma parada cardíaca, motivada pelo excesso de adrenalina, causado pelo medo de que o choque primitivo se repita.


>>> Auto-ajuda de 5ª

Quantas vezes, esta semana, você teve vontade de convidar alguém para sair, para conversar, para ir à praia ou ao cinema, e não o fez, temendo que a pessoa pudesse não ter tempo ou não gostasse de sua companhia e, desse modo, acabou se sentindo rejeitado, sem ao menos ter tentado?
Quantas vezes você se apaixonou sem que o outro jamais soubesse do seu amor?
Quantas vezes você abandonou alguém, com medo de ser abandonado antes?
Quantas vezes você sofreu sozinho, com medo de pedir ajuda e ficar "dependente" de alguém?
Quantas vezes você se afastou de um grande amor, com medo de se comprometer?
Quantas vezes você não se entregou ao amor por medo de perder o controle de sua "liberdade"?
Quantas vezes você deixou de viver um grande amor com medo de sofrer de novo?
Quantas vezes você tomou um choque sem tocar no prato?


"Nossas dádivas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar."

William Shakespeare



+++ Etecetera

A alma do mundo, Suzana Tamaro

Free as a bird, The Beatles

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