quinta-feira, 12 de fevereiro de 2004

Tratado 1º sobre o Amor

Então você pára, respira ofegantemente, raciocina, e desiste.
Desiste porque você não tem coragem, porque você tem receio, medo de ser privado...
Raciocina porque nem todos somos macacos; alguns são chipanzés, lontras, rinocerontes...
e Respira porque você não quer morrer, não hoje, não ao menos ver como termina...

- PARE!

- Não, não ouço tão petulante voz.

- PARE, se não te amo!

- O quê? Amar-me? Tu? Tais loca, devassa? Amor é para quem não sabe falar, mas fala. Amor é para quem não sabe rolar, mas rola. Amor é pra quem não sabe cantar, mas canta.

- Juro! (!!!) Juro "por tudo que é mais sagrado"!

- Ser ignóbil da Natureza, nada mais me fascina. O Amor é a estrela que guia o horizonte dos ébrios, ao luar, na mais clara escuridão já vista. Amor é algo que se compra com títulos a longo prazo, e que não se vendem, jamais. Amor é algo assim, idiota, moroso, insensato, frodisíaco, indiscreto, insano, desajuizado, incoerente, incongruente, desigual. Amor é cego dos olhos. Amor é nulo quando nula for a vontade de amar. Amor se traduz em lágrimas. Amor não se esquece. Amor não se engana. Amor não se empresta. Amor é assim, azul, verde, às vezes vermelho. Amor é aquele que você vê na TV, mas não acredita. Amor é aquele que você compra com a alma, e vende com o corpo. O Amor é insubstituível! Amor desvia rumos, transforma metas. Amor é péssimo, mas certamente só não é pior que a vontade de amar!

Rodrigo Sluminsky



+++ Etecetera

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So beautifull, Simply Red

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